Fotos e Fatos no Clube do DVD

04 junho 2007

Inteligência e Criatividade


Quanto vale o Capital Intelectual de sua empresa? Ou o seu próprio Capital Intelectual?

A palavra capital, em sua origem mais remota, vem do radical indo-europeu kap, “cabeça”, daí a idéia de “principal” que ela desperta. Com efeito, no mundo dos negócios, o capital é o principal, uma vez que um empreendimento é o emprego de capital para torná-lo produtivo. O lucro é a remuneração do risco do investimento. O empreendedor corre esse risco e só perde se o capital intelectual for pequeno.

Entre o capital empregado e os produtos e serviços gerados está a função gerencial em que se inclui o capital intelectual. À função gerencial compete tornar produtivos bens e serviços. Gerir e gerar são dois verbos irmãos.

O dicionário define capital como “riqueza, com dinheiro ou propriedade, usada ou acumulada em negócios por indivíduos, sociedades ou empresas”. Diz também que é todo bem econômico aplicado à produção. Ainda mais: diz que é toda riqueza capaz de produzir renda. Mas essa é uma conceituação antiga, pois hoje, com a evolução da perspicácia e sagacidade do empreendedor, inclui-se no capital da empresa insumos invisíveis como a inteligência, a criatividade, o conhecimento, a intuição, que está relacionada ao feeling . É mesmo de estranhar que não se tenha, desde logo, incluído na definição de capital justamente aquilo que vai gerar a riqueza material: o capital intelectual. Assim, hoje em dia, a definição de capital deve ser: “riqueza, com insumos invisíveis como inteligência, criatividade, conhecimento acumulados por indivíduos, por meio de livros, cursos, congressos, seminários, vivências, dinâmicos encontros para troca de experiências, dinheiro ou propriedade, usada ou acumulada em negócios, por indivíduos, sociedades ou empresas”.

Até aqui, quando se enumeravam os bens que constituem o capital de uma empresa, só a parte material era mencionada, embora, o capital intelectual dessa empresa fosse o mais valioso, pois toda empresa de sucesso deve seu resultado ao talento de seus recursos humanos. E talento pode ser treinado. Qualquer coisa, antes de se tornar um bem, foi antes uma idéia implementada pelo capital intelectual.

É mais fácil mencionar os bens que se podem ver, de maneira direta, enquanto o capital intelectual tem que ser medido indiretamente por meio de resultados conseguidos com a ajuda de cursos que a pessoa tenha feito, de seminários de que tenha participado, de palestras a que tenha assistido, de congressos a que tenha ido etc. A Universidade, em sua função de ensino, mede seu capital intelectual pela produção acadêmica: livros, artigos, palestras, participações em congressos, encontros, jornadas, artigos escritos, seminários, reuniões etc. A empresa deve medir seu capital intelectual pelos resultados apresentados.

A empresa não está interessada na inteligência pela inteligência, ou na criatividade pela criatividade, mas sim no que a inteligência e a criatividade do pessoal de sua empresa podem realizar para ela, com reflexos sociais.

Todos os bens que existem foram extraídos – e continuam sendo – da Terra e transformados em riqueza pelo capital intelectual.




Professor Luiz Machado, Ph.D.
Cientista Fundador e Mentor da Emotologia